segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Maratona de banca

Março: Em teus braços - Patricia Grasso      

Abril: Lorde do Deserto - Diana Palmer

Maio: Brumas do passado - Ruth Langan

Junho: Seduzida por um estranho - Eve Silver

Julho: Coração selvagem - Lindsay McKenna

Agosto: Um bebê em minha vida - Emma Darcy

Setembro: Cartas marcadas - Catherine Spencer

Outubro: O magnata grego - Kim Lawrence

Novembro: Impossível esquecer - Penny Jordan

Dezembro: O Prazer de MacKenzie - Linda Howard

Janeiro: O cavaleiro e a dama - Anne Gracie

Fevereiro: Prisioneira Da Paixão - Lynne Graham

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Fantasma da Ópera

Sinopse: O teatro de Paris é o lugar perfeito para um Fantasma (Gerard Butler) se refugiar. Desfigurado, ele encontra em Christine (Emmy Rossum) a cantora ideal para alcançar as suas próprias aspirações. Mas, o abandono de La Carlotta (Minnie Driver) aos ensaios leva Christine para o papel principal do espetáculo. Na estreia, o Fantasma assiste ao début de sua protegida. Mas, não é o único a ser seduzido pelos encantos da jovem. O Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), um amigo de infância de Christine, a reencontra. Com o coração dividido, a moça acaba despertando a ira do Fantasma, cujo ciúme obsessivo coloca em risco a vida de qualquer um que ouse entrar no Teatro de Paris.

Nota: O Fantasma da Ópera teve sua primeira exibição no cinema em 1925, em preto e branco e mudo. Seguiram-se outras versões e logo depois o musical mais famoso e inesquecível apresentando na Broadway com músicas escritas por Andrew Lloyd Webber e interpretadas então por Sarah Brightman. Em 2004, O Fantasma da Ópera foi novamente para as telas do cinema com direção de Joel Schumacher. O papel de Christine Daae dessa vez teve a interpretação de Emmy Rossum e o Fantasma ficou por conta de Gerard Butler, o Gerry Kennedy, marido de Holly em P.S: Eu te amo. Então, O Fantasma da Ópera faz parte da minha DVD-Teca e é um dos meus filmes preferidos. Emmy Rossum com sua voz doce interpreta lindamente Christine Daae, principalmente quando ela passa os temores que sentia por pensar no Fantasma, considerado seu Anjo da Música. A fotografia é impecável e as músicas são perfeitas! Resumindo, não é a toa que o filme recebeu indicações para o Oscar como melhor direção de arte, direção de fotografia e música. Vale a pena assistir!!!

domingo, 30 de maio de 2010

A cozinha açafrão

   A partir de um acidente envolvendo a filha grávida, a iraniana Maryam Mazar se vê obrigada a reavaliar sua vida e a voltar para o Irã, de onde foi expulsa mais de 40 anos antes. O país, porém, não é mais o das lembranças da jovem que partiu para a Inglaterra em busca de liberdade e independência. Mas é ainda uma terra de lendas, aromas e sabores. Na remota aldeia Mazareh, no noroeste do Irã, Maryam é obrigada a enfrentar o passado e as lembranças de uma vida que tivera de abandonar quando seu pai a deserdou por um pecado que não cometera, quando ela era jovem, linda e obstinada. Enquanto isso, na Inglaterra, sua filha Sara cuida do primo Saeed, que havia perdido a mãe, e de seu pai, desolado com o abandono da mulher. Juntos, trazem à tona o passado de Maryam a partir de fragmentos de conversas, fotografias e alguns versos de um poema. Na tentativa de reconstruir a família, Sara vai ao Irã descobrir as causas da infelicidade da mãe e tentar levá-la para casa. 'A cozinha açafrão' é uma história sobre traição e castigo, sobre segredos que podem ferir ou libertar, sobre a dor do exílio e a difícil alegria do retorno.

Nota: A cozinha açafrão é um desses livros que você se apaixona logo que vê. A capa e o título são promessas de algo que vai além do aroma, da cozinha...É uma história apaixonante em que as lembranças sustentam a cada segundo uma vida. Com autoria de Yasmin Crowther, essa história vai além da traição, castigo, dor... É um misto de lembranças com a realidade. É a vontade de fazer diferente se tivesse a oportunidade de voltar no tempo. É a saudade de algo que não volta mais. Vale a pena ler!!!

sábado, 1 de maio de 2010

My Fair Lady

  My Fair Lady ou Minha Bela Dama conta a história de Eliza Doolittle (Audrey Hepburn), uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética Henry Higgins (Rex Harrison) e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering, que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.

Nota: Esse filme é simplesmente lindo! Uma comédia musical maravilhosa, típica de uma tarde de domingo! Audrey Hepburn está linda e interpreta Eliza divinamente. Aliás, esse é o segundo filme que assisto com essa atriz. O primeiro foi Bonequinha de Luxo que comentarei depois. My Fair Lady é baseado na peça teatral Pigmalião, de George Bernard Shaw. E foi vencedor do Oscar em oito categorias como melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Rex Harrison), melhor direção de arte, melhor fotografia colorida, melhor figurino colorido, melhor trilha sonora e melhor som. E indicado para melhor atriz - comédia/musical (Audrey Hepburn) e melhor ator coadjuvante (Stanley Holloway). Vale a pena assistir e se divertir!

A carícia do vento

  Impulsiva, mimada e apaixonada, a milionária Sheila Rogers foge para o México com Brad, um caça-dotes. Mas, essa decisão se torna amarga, pois passa a viver um verdadeiro inferno, principalmente quando seu marido é brutalmente assassinado e ela é sequestrada. Levada para um refúgio nas montanhas, conhece Ráfaga, homem corajoso e idealista, líder de um bando que encarna a esperança de milhões de oprimidos. A rejeição inicial tranforma-se em amor intenso e febril. Como reagirá Sheila ao ser localizada pela polícia?


Nota: A Carícia do Vento é um romance contemporâneo e totalmente diferente do que estou acostumada a ler. Com autoria de Janet Dailey, sua primeira publicação foi em 1979 e marcou a estreia dessa escritora na lista dos mais vendidos no The New York Times. A carícia do vento teve algumas edições. A minha é bem velhinha, data de 1986. A mais recente foi lançada pela editora Best Seller em 2009 com nova ortografia. Bem, esse romance tem um toque rústico e selvagem. É uma leitura onde o ódio é o protagonista e a paixão a antagonista. A cada página eu conseguia visualizar nitidamente o lugar, os personagens, o sentimento como se estivesse assistindo um filme. Será que um roteirista bem maluco tem coragem de adaptar A carícia do vento para o cinema? Isso eu não sei. Mas, espero que apareça um corajoso e que ele cometa um pequeno "sacrilégio" de fazer um final diferente, já que a escritora pecou no final. Deixou um gostinho de quero mais, como se pudessemos esperar por A carícia do vento 2, o que não aconteceu. Mas, vale a pena ler e adquiri-lo para coleção por sua leitura envolvente e paixão arrebatadora.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"...E o vento levou"

  Petulante, mimada e egoísta, esses são termos perfeitos para descrever Scarlett O’Hara. Esse final de semana estive muito bem acompanhada ao lado de Clark Gable e Vivien Leigh enquanto me deleitava com as cenas de um filme que, em minha humilde e sincera opinião, é perfeito! “... E o vento levou” é um desses filmes que pode sim ser considerado um clássico, não é a toa que ele é realmente um. Lançado em 1939 nos Estados Unidos, “... E o vento levou” é uma adaptação do romance de Margareth Mitchell. A trama começa na Geórgia, em 1861, com a jovem Scarlett O’Hara – membro de uma família de senhores de terra, proprietária de Tara e apaixonada por Ashley Wilkes, que se casa com Melanie Hamilton, prima dos O’Hara. Na festa do anúncio do noivado surge Rhett Butler, interpretado pelo galã na época, Clark Gable. Comentários à parte, tirando aquele bigodinho estranho, o homem é de estremecer corações! Bem, Butler era conhecido como um aventureiro sedutor que não concordava com seus companheiros sulistas e prediz a derrota do Sul na Guerra da Secessão. Conflito esse em que os 11 Estados do Sul, formado por latifundiários e escravocratas enfrentaram o Norte industrializado e abolicionista. No filme, dirigido por Vitor Fleming, fica nítido como os fazendeiros sulistas defendiam a escravidão e como os negros eram tratados nessa época. Um dos exemplos é a cena em que Scarlett O’Hara agride sua empregada, bem mentirosa, Prissy, interpretada por Butterfly McQueen ao descobrir que ela não era uma parteira. Quando ocorre o conlito, Scarlett se casa com o frágil e bobinho irmão de Melanie, Charlie, para fazer ciúmes em Ashley. No entanto, não deu certo e logo ela ficou viúva, pois Charlie morre na guerra com pneumonia. Cansada do luto e chorosa por ter que usar apenas roupas de cor preta, O’Hara se muda para Atlanta onde passa a morar com sua tão querida e carinhosa prima Melanie. É nesse ponto que sua vida passa a se cruzar com a de Rhett. No fim de 1863, Ashley volta em licença e pede a Scarlett que cuide de Melanie, que está grávida, e anuncia a derrota do Sul na guerra. Rhett leva as duas primas para Tara, pois não estavam seguras em Atlanta. Scarlett encontra a fazenda em estado lamentável, sem comida, sua mãe morta, o pai louco e as irmãs doente. Eis que acontece o ponto alto do filme que me deixou arrepiada. Scarlett ergue seu braço para o céu e exclama: “Por Deus como testemunha, não vão me derrotar!” E chegamos ao intervalo. Essa primeira parte tem quase duas horas de duração. A segunda também. O que era de se esperar. O romance de Margareth Mitchell tem 1037 páginas. Sidney Howard entregou o roteiro com 50 páginas. O filme, antes de passar por alguns cortes, tinha cerca de 5hs, considerado cansativo para a indústria cinematográfica. Imagine, na década de 30 fazer um filme considerado o up do cinema com 5hs de duração?!
  A segunda parte do filme encontramos uma Scarlett mais amadurecida por conta de todo seu sofrimento e as responsabilidades que precisou tomar. Mas, ainda assim petulante e egoísta. Ela se casa com o prometido da irmã para conseguir dinheiro e não perder a fazenda, continua a dar em cima do marido da prima e depois de ficar viúva, finalmente se casa com Rhett. Apesar que o casamento dos dois não foi um mar de rosas. As discussões eram constantes e até ciúmes da filha que tiveram, a mulher teve. Filha essa que morre após uma queda no pônei. Logo depois, Melanie cai doente e ao morrer, Scarlett percebe que na verdade nunca amou Ashley, mas sim seu marido Rhett Bluter, que a essa altura já não quer mais saber da mulher que tanto amou dispara sua frase mais conhecida quando Scarlett indaga sobre o que fará sem ele: “Francamente, minha querida, não dou a mínima”. Scarlett desistiu? Não. Ela resolve lutar por seu amor, assim como ela lutou para reconstruir Tara, mesmo passando por cima de muita gente. Lembra da cena do juramento? E então, termina o filme.





Curiosidades do clássico


• Em Nova York de 1936, Kay Brown, uma analista de roteiros do estúdio Selznick International Pictures, emitiu um telegrama ao seu chefe, David O. Selznick, descrevendo apaixonadamente a qualidade do livro de Margareth Mitchel;
• 24 de maio, Selznick se rendeu as palavras de Brown e aceitou o desafio de produzir “…E o vento levou”;

• Selznick escolheu Sidney Howard, roteirista de Fogo de Outono para adaptar o romance para o cinema e George Cukor para dirigir o longa;

• Em 14 de dezembro de 1936, Howard já havia produzido uma sinopse de 50 páginas com um primeiro tratamento do roteiro, de onde havia eliminado vários personagens secundários e informações sobre os pais de Scarlett;

• 5.500 roupas foram criadas;

• Em agosto de 1937, Howard enviou o primeiro roteiro com 400 páginas, equivalente a cinco horas e meia de filme;

• Desde o anúncio da filmagem de “…E o vento levou” o público e imprensa haviam escolhido Clark Gable para ser Rhett Bluter, mas o ator no inicio não aceitou por medo de não conseguir corresponder as expectativas dos espectadores como Rhett;

• Após muitas reuniões, encontros, conversas e contratos ficou acertado que Clark Gable seria Rhett Bluter;

• A data escolhida para o inicio das filmagens foi 26 de janeiro de 1939. Detalhe: sem Scarlett e sem roteiro;

• A cena do grande incêndio em Atlanta foi rodado primeiro no dia 10 de dezembro de 1938;

• Nessa cena estavam presentes 10 esquadrões do Departamento de Bombeiros de Los Angeles, dentro do estúdio outros 50 bombeiros e 200 auxiliares;

• Para manter o imenso fogo vivo por mais de 40 minutos, o especialista em efeitos especiais, Lee Zavitz encontrou uma solução: uma rede dupla de tubos que lançariam querosene e água, respectivamente;

• Os materiais usados para queimar foram velhos cenários de “Um garoto de qualidade”, “O Rei dos Reis”, “O Último dos Moicanos” e a porta gigante de “King Kong”;

• Dois especialistas caracterizados como Rhett e uma substituta de Scarlett (que tapava o rosto porque ainda não havia atriz contratada) fizeram parte dessa cena, fugindo em uma carroça pelas ruas em chamas;

• Paulette Goddar, a preferida para interpretar Scarlett, ainda realizou testes em 20 de dezembro, um dia antes de Vivien Leigh enfrentar a câmera para o seu próprio teste;

• Vivien Leigh soube que seria Scarlett O’Hara no dia 25 de dezembro daquele ano e dia 13 de janeiro de 1939 o contrato foi assinado;

• Foram utilizadas sete câmeras technicolor para filmagem (o total de câmeras em Hollywood);

• Em 12 de fevereiro, Cukor abandonou as filmagens e Selznick correu atrás de outro diretor, escolhendo Victor Fleming que na época rodava “O Mágico de Oz” para a MGM. Ele aceitou apenas por sua amizade com Clark Gable;

• O roteiro desagradou Fleming e o produtor chamou Ben Hecht, o primeiro roteirista que descartou ao escolher Sidney Howard;

• Hecht recuperou o script original de Howard, utilizou-o como guia e resolveu deixar de lado a fragilidade do roteiro original, compactando e dando um apelo visual que nenhum outro conseguiu alcançar, tudo por apenas 15 mil dólares;

• William Cameron Menzies, diretor de produção, concebeu a famosa panorâmica da estação de Atlanta, na qual a câmera se eleva entre milhares de mortos e feridos;

• Como a maior grua de Hollyood só alcançava oito metros, e Menzies precisava de uma que chegasse a trinta, trouxeram uma especial dos estaleiros de Long Beach;

• Foram solicitados 2000 figurantes, mas apenas 800 compareceram. A solução encontrada foi ao lado de cada homem colocar um manequim movido por um cabo que o extra deveria manipular. Sobre a grua estavam Fleming, Menzies e do diretor de fotografia Ernest Haller;

• No dia 11 de dezembro de 1939, David Selznick enviou um telegrama a Kay Brown, a funcionária que havia lhe chamado atenção para o romance: “Acabamos de filmar o livro. Que Deus abençoe a todos”;

• Houve três dias de festas para o lançamento do filme;

• Na véspera da estreia, foi realizado um baile com 3000 convidados onde estiveram todas as pessoas importantes da cidade, entre eles, Martin Luther King;

• Do quarteto protagonista, morreram trágica e repentinamente Leslie Howard, Clark Gable e Vivien Leigh;

• “…E o vento levou” foi o ganhador de 8 Oscars por melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor atriz principal (Vivien Leigh venceu por pouco Betty Davis), melhor atriz coadjuvante (Hattie MacDaniel), melhor fotografia em cor, melhor edição e melhor direção artística;

• William Cameron Menzies ganhou o Oscar de honra pelo uso de cor em um drama;

• Don Musgrave recebeu o Oscar técnico pela coordenação de equipe de produção.

Nota final:

Inácio Araújo, crítico de cinema da Folha de São Paulo disse certa vez: “As décadas entram e saem, e o filme rodado em 1939 por David O. Selznick parece continuar lá onde sempre esteve: não uma saga da Guerra de secessão, mas a saga, aquela que concentra tudo o que existe de épico e baixo, de romance e sofrimento, de ódio e amor do norte pelo sul (dos Estados Unidos) e vice-versa.” Se comparado com os filmes que hoje são rodados em Hollywood, muito pouco foi feito em “…E o vento levou”. Entretanto, levando a época em que foi filmado, os recursos utilizados, as interpretações magníficas de Gable, Leigh e outros atores, o roteiro majestoso, o romance espetacular de Margareth Mitchel e a direção de Cukor e mais tarde Fleming, talvez esses tenham sido os ingredientes perfeitos para um filme que não saiu da memória de muitas pessoas. Um filme que conquistou corações e se fez com grande mérito um clássico de todos os tempos.

Fonte: Coleção Folha Clássicos do Cinema